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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

OMOTENASHI - A ponte que anula o GAP entre cliente e vendedor

O imediatismo e a ansiedade nas vendas são os grandes inimigos dos relacionamentos saudáveis com os clientes. De acordo com Jeffrey Gitomer, em seu best seller “ A bíblia de Vendas”, as pessoas não gostam que vendam para elas, mas elas adoram comprar. Na realidade ninguém gosta de fazer compras sob pressão, isso afasta os clientes de você. Em empresas que adotam a pressão como forma de incentivar as vendas entre seus colaboradores, são as que mais recebem devoluções e trocas de produtos, criando um congestionamento no pós vendas.


                                                                    Fig.1


                       As etapas do processo de vendas devem ser seguidas rigorosamente, respeitando o tempo ideal para cada fase. Por exemplo, a fase “Identificação das Necessidades” do cliente é uma das fases mais importantes dentro desse processo e deve ser dado total atenção. Criar um ambiente seguro através do “Rapport” é a primeira ação que um bom vendedor deve fazer, pois o sentimento de confiança entre você e o cliente é criada. Escutar o cliente ativamente é outra ferramenta importante, e devemos seguir a teoria de Pareto, 80-20, na qual devemos escutar o cliente 80% e fazer perguntar assertivas durante 20% do tempo disponível.
                    O problema é que, geralmente os vendedores imediatistas não observam que estão passando por cima desse momento muito importante para a decisão de compra do cliente, é um momento em que ele ainda está analisando os benefícios que terá ao adquirir o produto ou serviço. É muito comum esses vendedores oferecerem descontos imediatos, criando com isso clientes interessados somente no preço do produto e não no valor agregado. O que faz um vendedor de sucesso são os benefícios que o cliente enxerga ao negociar com você.

                   Observando a Fig 1. Nota-se que o cliente ainda está na fase 2 do processo de vendas, que é a “Identificação das Necessidades”, e o vendedor imediatista já se encontra na fase 6 do processo, “Propor o Negócio”, gerando um GAP entre cliente e vendedor.
Outros fatores que geram GAPs:
- Tratando todos os clientes por igual
- Enviando e-mails padrões
- Fazendo demos genéricas
- Adotando uma postura agressiva de venda
- Tempo excessivo nas respostas


OMOTENASHI - A PONTE QUE ANULA O GAP ENTRE CLIENTE E VENDEDOR


                   GAPs representam as divergências entre clientes e empresas, ou entre os colaboradores e a direção da organização.  Dois dos GAPs mais comuns nos atendimentos estão relacionados às expectativas dos clientes em relação à qualidade dos produtos e serviços prestados e o imediatismo e ansiedade do vendedor.
                   O vendedor e o cliente devem andar juntos no processo de vendas, o vendedor deve conduzir com maestria o cliente até a plena satisfação, e depois dar    continuidade no pós vendas.
                   O conceito Omotenashi é a ponte para eliminar esse GAP. Recepcionar o cliente com um sorriso verdadeiro parece uma postura simples, mas existem muitos fatores que influenciam negativamente para a sua ausência. Um sorriso social é controlado por nós, porém um sorriso verdadeiro é inconsciente, você realmente terá que estar sorrindo verdadeiramente por dento, pois envolvem músculos da face incontroláveis conscientemente. O cliente reconhece as nossas expressões faciais, é uma linguagem universal e ele reage de acordo com a nossa postura inicial de atendimento.
                  Conhecer a psicologia dos relacionamentos é um dos requisitos que todos os colaboradores devem ter conhecimento, não apenas a parte técnicos do negócio.
Fazer o cliente atravessar a “Ponte Omotenashi” demonstra que você está aos poucos conquistando a confiança dele, e anulando os GAPs existentes, conforme a Fig.2.




                                                                  Fig.2




Roberto Tuji
Omotenashi Master Trainer

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(13) 9 8159 9962

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Omotenashi e o Ciclo da Satisfação do Cliente (Antes, Durante e Depois)

O CSC - Ciclo da Satisfação do Cliente é um processo comum à qualquer processo de vendas, independente do ramo de atuação.
               Todas as etapas são importantes, mas é na fase “Depois” que o cliente tomará a decisão se retorna a comprar naquela empresa ou vai buscar outra que atenda melhor as suas necessidades.
               Na fase “Antes” é comum termos uma expectativa quando decidimos fazer uma compra, dúvidas tais como: será que tem o produto que estou precisando? Serei bem atendido? Irão resolver o meu problema? O preço será justo? Aceitam diversas formas de pagamento?
                A fase “durante” é aquela em que você está consumindo o produto, podendo ser no local ou não, ou está no processo de negociação com o atendente.  Nesta fase a sua expectativa entra em choque com a realidade, podendo ser um impacto positivo, neutro ou negativo. Positivo se o que você esperava fui superado, neutro se o que você esperava foi exatamente o mesmo e negativo se foi abaixo do que você esperava.
                 Já a etapa do “Depois” é o momento decisório para o cliente - retorno ou não à essa empresa? As etapas do “Antes” e “Durante” foram acumulando emoções tanto negativas quanto positivas e quando chega à etapa “Depois”, o cliente já decidiu se retorna ou não.
                Negligenciar qualquer uma das etapas é o mesmo que falar para o cliente: Por favor, vá procurar o nosso concorrente, não queremos você como cliente.

Precisamos ser disciplinados e obcecados com a satisfação máxima dos nossos clientes em todas as etapas do CSC.




OMOTENASHI & CSC

O conceito do termo “Omotenashi” é muito extenso, e não se aplica apenas aos relacionamentos entre empresa-cliente nas organizações. Para nosso estudo aqui vamos pegar as três premissas mais utilizadas às pessoas e empresas.

1 - Antecipar as necessidades
2 - Atenção aos detalhes
3 - Demonstra gratidão sempre

Em cada etapa do CSC, as três premissas podem ser amplamente exploradas, mas para isso é necessário o conhecimento do conceito e estar alinhado à sua missão, visão e valores.
              Empresas que adotam a filosofia “Omotenashi” em sua cultura organizacional, são cientes de que todas as etapas são importantes no processo CSC, e não relaxam de maneira alguma, pois caso contrário se tornarão “Empresas Serrotes”. Sabemos que não existe empresas perfeitas que não cometem erros, pelo motivo dessas empresas serem movidas por pessoas e não robôs.  
            Porém, existe uma enorme diferença entre empresas que reconhecem seus erros e as que as ignoram. Na cultura japonesa reconhecer seus erros é uma grande virtude e chamamos para esse comportamento de “Hansei”, que significa fazer uma reflexão  das suas ações e ter humildade de corrigí-las. As empresas que ignoram seus erros perdem uma grande oportunidade de evoluir e alcançar a excelência nos negócios.
            A filosofia “Omotenashi” vai elevar a qualidade da prestação de serviços em todas as áreas da empresa, desde o clima organizacional até nos relacionamentos com clientes internos e externos.

TUJI, Roberto. Manual do Relacionamento com o Cliente: “ OMOTENASHI - A arte de Encantar e Surpreender o Cliente”- São Paulo, Literare Books, 2016




Roberto Tuji
Omotenashi Master Trainer
(13) 9 8159 9962