Kanji
Há várias teorias sobre o desenvolvimento dos kanjis, e nenhuma delas é concreta. Uma das teorias informa que há uns 5.000 a 6.000 anos atrás, um historiógrafo chinês Ts'ang Chieh viu através do kanji uma idéia de como expressar símbolos de coisas por escrito, obtendo inspiração a partir da impressão do pé de pássaros em um campo de neve.
Outra teoria diz que começou quando Fu Hsi, um dos três imperadores da época, mudou o registro oficial do método de "nós de corda" para método de "carta". Ambas as teorias são, provavelmente, ao invés de opiniões legendárias, fatos históricos confiáveis. Porém, o fato seguro é que a carta de kanji mais antiga é a inscrição em ossos de animais e em cascos de tartarugas que foram introduzidos durante os dias do vigésimo segundo imperador de Shang (Yin) - há aproximadamente 1100 a.C. .
Seis categorias de formação do kanji levam a sua origem em pictografia. Porém eles passaram por várias mudanças até alcançarem as formas atuais, como combinação ou consolidação de cartas diferentes, emparelhando significado e pronúncia. Essas seis categorias são chamadas de "rikusho".
1.Shokei (pictografia)
2.Shiji (ideografia simples)
3.Kai'i (combinação ideográfica)
4.Keisei (fonética ideográfica)
5.Tenchu (derivado)
6.Kashaku (empréstimos fonéticos)
1. Shokei (pictografia) - São caracteres originados de desenhos ou imagens.
2. Shiji (ideografia simples) - São caracteres originados de símbolos devido a dificuldade de serem expressos através de desenhos ou imagens.
3. Kai'i (combinação ideográfica) - São caracteres originados de outras combinações já existentes. Por exemplo, o caractere de descanso é uma estrutura resultante da combinação do caractere de homem em repouso ao lado do caractere de árvore. Outro exemplo seria a combinação de duas árvores lado a lado gerando o caractere de floresta.
4. Keisei (fonética ideográfica) - São caracteres originados de um elemento que representa um certo objeto e um outro elemento representando sua fonética.
5. Tenchu (derivado) - Existem várias explicações para essa categoria e uma delas diz que alterando um caractere puro ou juntando-se com outro deu-se origem a um novo caractere.
6. Kashaku (empréstimos fonéticos) - Essa é a categoria em que a pronúncia é de maior prioridade do que o significado. Também é usado para palavras importadas.
Escrita em madeira
Escrita em casco de animal
Escrita em casco de tartaruga
Escrito e traduzido por Roberto Tuji
Bibliografia:
Kanji no Rekishi - Atsuji Tetsuji
Roberto Tuji é master, executive e transcultural coach, empresário e palestrante, escreve sobre a cultura e língua japonesa, os costumes do povo japonês e os choques culturais existentes entre estrangeiros e japoneses, inovação, criatividade e experiência de 23 anos na terra do sol nascente. Coautor do livro "O poder do Coaching - Ferramentas, Foco e Resultados" e criador da metodologia "Coaching Transcultural Brasil - Japão" e do "Coeficiente de Harmonia".
Nenhum comentário:
Postar um comentário