Um kanji só fica bem escrito (bonito) se for feito na seqüência correta, caso contrário impossível. Note que cada traço de um kanji tem uma parte mais grossa e uma mais fina, e isso é definido quando se usa o pincel próprio para a escrita do “shodou”, que é a arte da escrita em pincéis. A seqüência correta é uma técnica que deve ser seguida à risca, muito embora no cotidiano isso não aconteça. Porém, alguns traços básicos não podem ser alterados, tais como:
- Sempre de cima para baixo
- Sempre da direita para a esquerda
- O traço cortante sempre será o último
-etc...
Existem algumas exceções, mas geralmente essas regras são seguidas.
Existe um teste de proficiência chamado “Nihon Kanji Kentei”, super interessante e é direcionado exclusivamente à escrita e leitura de kanji. Esse teste é feito tanto por japoneses como estrangeiros. Aqui é que se aprende realmente o kanji, toda a sua estrutura, seu radical, suas leituras variadas e as leituras errôneas, que são chamados de “ateji”. “Ateji” é uma leitura aparentemente errada do kanji, mas que é muito utilizada na língua japonesa. Geralmente os países são escritos dessa forma, algumas frutas, animais, plantas, alguns locais e alguns nomes próprios. A maioria é derivada do chinês, mas com a leitura diferente.
Roberto Tuji é master, executive e transcultural coach, empresário e palestrante, escreve sobre a cultura e língua japonesa, os costumes do povo japonês e os choques culturais existentes entre estrangeiros e japoneses, inovação, criatividade e experiência de 23 anos na terra do sol nascente. Coautor do livro "O poder do Coaching - Ferramentas, Foco e Resultados" e criador da metodologia "Coaching Transcultural Brasil - Japão" e do "Coeficiente de Harmonia".
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