Se continuar do jeito que está, teremos:
a) Pessoas
desmotivadas, estressadas e doentes;
b) Crianças semi
analfabetas, estressadas e sem identidade;
c) Profissionais
desqualificados e frustrados com a carreira;
d) Pessoas sem
metas e objetivos na vida;
e) Excluídos dos
grupos no trabalho e na sociedade.
Mas por quê a comunidade está assim?
Para podermos
entender essa resposta precisamos compreender em primeiro lugar a
"Pirâmide de Maslow".
A "Pirâmide
de Maslow" é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que
as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das
necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma
hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização.
O que acontece quando as necessidades não são
atendidas?
FRUSTRAÇÃO
A Frustração gera diversos comportamentos no
ambiente de trabalho:
1. Fuga
ou Compensação: Quando não consegue satisfazer
a necessidade.
Comportamentos: Ansiedade e procura de outro emprego ou profissão quando não há
possibilidade de progresso no emprego atual.
2. Resignação: Quando desiste de lutar e se deixa abater pela frustração.
Comportamentos: Apatia, depressão e desinteresse pela empresa e pelos seus objetivos.
3. Agressão: Pode ser física ou verbal associada a um sentimento de ira e
hostilidade.
Comportamentos: Quando não é possível descarregar a agressão contra o objeto ou a pessoa
que a provocou, a pessoa frustada pode adotar um comportamento de substituição
ou descolamento.
Ex: General repreende o Coronel, que repreende o Tenente, que
repreende o sargento que repreende o Soldado que chuta o cachorro do quartel.
Conclusão:
Os seres humanos
estão buscando constantemente a sua auto realização em todos os aspectos da sua
vida, isso já foi constatado pelo psicólogo americano Abraham Maslow quando ele
definiu a "Pirâmide da Maslow".
Quando as
necessidades não são atendidas temos como consequência a "Frustração"
e seus comportamentos estão explicados acima.
Agora analisando
a nossa comunidade brasileira no Japão, observa-se que a grande maioria fica
apenas nas primeiras camadas da pirâmide, ou seja, nas necessidades básicas de
sobrevivência que são as Fisiológicas e as de Segurança, sendo as necessidades
Psicológicas e de Auto Realização alcançadas por um número muito pequeno de
brasileiros. As barreiras são várias sendo um assunto muito complexo de ser
explorado na íntegra, pois envolvem traços culturais e étnicos.
Entender a
História e a Cultura Japonesa é o primeiro passo nesse processo que influencia
diretamente no aprendizado da Língua Japonesa. Eu observo que o
"Foco" das instituições governamentais, ongs e grupos de apoio aos
estrangeiros está diretamente ligado ao aprendizado da Língua
Japonesa, o que do meu ponto de vista não é a melhor opção. Estou fundamentado
na premissa de que uma "língua estrangeira não se ensina e sim
aprende-se", portanto não há aprendizado sob pressão.
Criar condições
para que o aprendizado ocorra naturalmente é o verdadeiro caminho, mas para
isso ocorra os três elementos fundamentais precisarão estar em perfeita
harmonia e alinhados a um só objetivo.
1 - Governo
Japonês
2 - Governo
Brasileiro
3 - Líderes
Brasileiros no Japão
Quais
os papéis da cada elemento do processo?
1
- Governo Japonês: Dar suporte para que sejam
realizadas estudos estatísticos dos cursos que a Hello Work tem realizado com a
comunidade estrangeira, analisar os custos & benefícios desses cursos e
preparar profissionais para essa nova etapa de conscientização de que a Língua
Japonesa não é o principal foco nesse processo, e sim o desenvolvimento
da "Inteligência Cultural".
* Inteligência Cultural: É a
capacidade de aprender, assimilar e se adaptar a uma nova cultura.
Criar uma "Teste de Proficiência
Cultural" para todos os estrangeiros e não apenas o da Língua Japonesa. O
objetivo desse teste é a transmissão de "Como funciona o Japão e sua
Cultura" a fim de que todos possam entender na essência como avançar na
"Pirâmide de Maslow"
2 - Governo Brasileiro: Juntamente com o governo japonês, dar todo o suporte
para que o processo tenha sucesso. Dar apoio as instituições de
ajuda aos brasileiros tais como ongs e grupos de trabalho com o objetivo de
propagar essa metodologia. Convidar para participar dos debates da comunidade
pessoas que passaram por todo o processo evolutivo no Japão(de dekassegui a
empresário, por exemplo) e não apenas acadêmicos, professores universitários e
nem políticos que não entendem na essência o que é ser "Dekassegui",
senão fica somente em teoria e sem solução prática.
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